2018-03-01

O que deve pesar na negociação salarial para aceitar um emprego? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 01/03/2018, com um ouvinte que aceitou uma proposta de emprego, mas depois descobriu que o salário oferecido era bem abaixo da média do mercado de trabalho.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/==========================================================================

O que deve pesar na negociação salarial para aceitar um emprego?

negociação salarial

Um ouvinte pergunta: "Posso retomar uma negociação salarial após ter aceitado um emprego? É que só depois de dar a minha palavra, descobri que o salário oferecido estava bem abaixo da média do mercado. Ainda não comecei e não gostaria de iniciar o meu trabalho já insatisfeito com a remuneração."

Bom, poder você pode, mas não acredito que a empresa que lhe fez a proposta, irá se sensibilizar com o seu argumento.

Quando um valor é oferecido em uma contratação, essa oferta leva em conta as condições financeiras da empresa e a situação salarial de outros empregados que ocupem posições equivalentes.

Se você não estiver desesperadamente precisando desse emprego, você pode informar à empresa que refletiu melhor, agradecer a atenção que lhe foi dada e declinar a oferta. Como você ainda não assinou nada, essa decisão não iria influir negativamente em sua carreira.

Caso lhe seja solicitado o motivo dessa sua decisão, você pode mencionar o salário inferior às suas pretensões. Pode até ser que lhe seja feita uma contra-proposta, mas acho isso bem difícil de acontecer.

Agora, se você está precisando de um emprego de imediato, e se o salário oferecido não foi aviltante, mantenha a palavra dada e, depois de começar, avalie outras condições que a empresa possa oferecer, como ambiente e oportunidades de carreira.

Nem sempre um salário inicial abaixo da expectativa conduz, necessariamente, a um emprego sem nenhum futuro.

Max Gehringer, para CBN.


Nenhum comentário: